Havia duas pessoas em um
restaurante. Uma delas se chamava Adriana. Ela era loira, tinha olhos azuis, e
morava no centro, o bairro de ricos. Porém, não gostava da vida de grã-fina que
levava, queria mesmo era ser livre, sair com os amigos e não ficar apenas
trancada em casa. Com sua persistência, havia conseguido convencer o pai que
precisava sair um pouco, e lá estava ela.
O outro era um
rapaz negro e alto, tinha olhos castanhos, e, ao contrário de Adriana, fazia o
que desse na telha, para não atrapalhar a mãe solteira que tinha outros três
pirralhos para cuidar. O seu nome era Gustavo. Ele e Adriana eram amigos
desde o primeiro grau, eles gostavam praticamente das mesmas coisas, apesar de
levarem vidas muito diferentes.
O restaurante era
muito bonito. Havia velas ao invés de lâmpadas, as mesas eram cobertas por um
pano branquíssimo, o cardápio muito chique e os garçons eram os mais
profissionais das redondezas, todos muito bem uniformizados e treinados para
atender as pessoas do jeito mas adequado possível.
Tudo parecia
estar normal, nada de diferente havia acontecido, até que, do nada, veio um
terremoto! O terremoto sacudiu todos tanto que os cérebros deles ficaram
ao contrário, então, quando eles queriam falar uma frase, eles falavam assim:
-!aid
moB
-!uahcT
-?emon
ues o é lauQ
Esse texto e outros do André também podem ser lidos no Blog A Culpa é das Letras: https://aculpaedasletras.blogspot.com/2019/11/restaurante.html
Créditos da foto: Lorena Santos
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