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Café na VERBAL




Aqui na VERBAL sempre tem café. É um pouco do meu jeito de oferecer algo a mais, para além do meu trabalho, um carinho adicional. Quase todo mundo toma café, exceto dois alunos que, como eu, em suas idades, também não tomava.

Toma-se bastante café na VERBAL, seja para acompanhar um processo de criação, seja para soltar a língua no inglês. Tem gente que toma café porque está com sono, tem gente que toma para despertar, tem gente que toma por que chegou irritado e precisa se acalmar e tem que toma para deixar o mundo lá fora e sentir que chegou, tem quem tome café com um biscoitinho porque não deu tempo de tomar café da manhã.

Às vezes, a gente toma café para celebrar alguma coisa, o fim de um livro, o começo de outro, um texto divertido, ou um super pauleira, um momento de riso ou um outro de emoção profunda que pede uma pausa. A gente toma café!

Cada um toma de um jeito e eu tento decorar o jeito de cada um, mas me embanano constantemente. Ainda assim, tento. Faz parte do meu carinho, tentar. Tem quem tome com açúcar, pouco, muito, muitíssimo. Tem xícara que é metade açúcar. Tem gente que gosta do doce e quem pode culpar alguém que goste do doce.

Tem quem tome com adoçante e sonhe ser gente grande para tomar como os que, aqui, tomam café sem açúcar. Tem os que me dão conselho: “Se você parar o doce no café por um mês vai se acostumar!” E aqui vou eu há cinco anos tentando tomar café sem adoçante por um mês, mas quando eu crescer, vou conseguir.

O que é verdade mesmo no café, pelo menos aqui na VERBAL, é que ele é também gesto de acolhimento e amor e não tem problema se você não gosta de café, aqui também tem chá.

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