Pular para o conteúdo principal

Café na VERBAL




Aqui na VERBAL sempre tem café. É um pouco do meu jeito de oferecer algo a mais, para além do meu trabalho, um carinho adicional. Quase todo mundo toma café, exceto dois alunos que, como eu, em suas idades, também não tomava.

Toma-se bastante café na VERBAL, seja para acompanhar um processo de criação, seja para soltar a língua no inglês. Tem gente que toma café porque está com sono, tem gente que toma para despertar, tem gente que toma por que chegou irritado e precisa se acalmar e tem que toma para deixar o mundo lá fora e sentir que chegou, tem quem tome café com um biscoitinho porque não deu tempo de tomar café da manhã.

Às vezes, a gente toma café para celebrar alguma coisa, o fim de um livro, o começo de outro, um texto divertido, ou um super pauleira, um momento de riso ou um outro de emoção profunda que pede uma pausa. A gente toma café!

Cada um toma de um jeito e eu tento decorar o jeito de cada um, mas me embanano constantemente. Ainda assim, tento. Faz parte do meu carinho, tentar. Tem quem tome com açúcar, pouco, muito, muitíssimo. Tem xícara que é metade açúcar. Tem gente que gosta do doce e quem pode culpar alguém que goste do doce.

Tem quem tome com adoçante e sonhe ser gente grande para tomar como os que, aqui, tomam café sem açúcar. Tem os que me dão conselho: “Se você parar o doce no café por um mês vai se acostumar!” E aqui vou eu há cinco anos tentando tomar café sem adoçante por um mês, mas quando eu crescer, vou conseguir.

O que é verdade mesmo no café, pelo menos aqui na VERBAL, é que ele é também gesto de acolhimento e amor e não tem problema se você não gosta de café, aqui também tem chá.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É preciso ir para algum lugar? - Vera Barrozo

  É preciso ir para algum lugar? Parei. Aqui. Ao sol. Nessa cidade que não conheço... bebo uma água com limão. Pessoas caminham...  Passam. Estar...  Estar aqui.  É Paris. (Foi tanto tempo pra chegar aqui!) Agora cheguei. Nessa mesa... E já cá não estou. Porque as letras, os rumos, os objetivos de um itinerário turístico escrito por alguém – mais provavelmente dezenas – ou centenas – de pessoas me pretende dizer o que devo fazer para... (ter estado aqui) ... agora, que cheguei aqui. Não basta estar. Não basta respirar. (Se estou em Paris, há um roteiro inteiro: enorme, quilométrico, longo, antigo, moderno...) NADA de minusculinidades... Quem é você... Que vem a Paris  para sorver  o  ar da  luz  que é  re fle ti da  ao seu redor???

Hoje não é dia do índio - Karenina Bispo

                                            Créditos da foto: Folha de São Paulo O “Dia do Índio” Eu me senti instada a falar de mim. No dia 19 de abril, foi lembrado do dique costumávamos chamar de “Dia do Índio”. No Instagram eu fiz a publicação de um Reels em que alguns indígenas falam da diversidade de seus povos, populações que já estavam aqui e habitavam este país quando houve a invasão portuguesa que dizimou a maior parte dessas populações e apagou sua cultura e existência. “Hoje não é dia do índio” dizia o vídeo.  Falando de mim, eu devo admitir que já fui essa pessoa que questionou a “legitimidade desses povos” e questionei à época se ainda “existia índio” no Brasil, sendo estes civilizados. Mas que grande preconceito, não é mesmo? Admito também que já fui uma pessoa contra cotas, fossem elas quais fossem. Mas nossa! Como o tempo passou e me fez...

Colcha de Retalhos - Yvanna Vyva

Carrego vários corações em meu peito e muitos já tive nas mãos Variados tamanhos, formas e forças Bacanas, babacas, patifes Leais, fiéis, traidores Religiosos, ateus, bonitos Casados, feios, solteiros Corações bons e ruins, amores É que o amor sempre me encontra e trás boa sorte Eu tive uma infância cruel, embora não parecesse O que se via era o mito de uma família feliz Eu tive uma juventude sofredora, embora não parecesse O que se via era o mito da bela donzela feliz Mas foi ali no meu passado cruel e sofrido Que vivi momentos de verdade, de mais amores vividos do que amores sofridos Subitamente, eu tinha a sorte de ter alguém que me amasse Repentinamente, a sorte de escolher o amor se quisesse Eu geralmente queria, como alma que abraça o mundo Com certa alegria que tocava em tudo Toda vez que penso, me espanto ao ver que meu pranto logo virava riso As lágrimas quentes na pele seca, faziam-se úmido deleite e regozijo O choro convertido em sonhos O abandono virado em desejos A mentira...