Pular para o conteúdo principal

O Universo que mora em mim - Lorena Santana


Todo mundo que me conhece sabe que eu sou como um planeta que gira em torno do Sol. Que às vezes mais distante, às vezes mais perto, mas sempre em movimento. Girando no próprio eixo, sentindo a gravidade da minha essência, mas sem deixar de girar para o universo, para a vida, para os outros planetas que me cercam. 

Todo mundo que me conhece sabe que é assim que eu me expresso. O Sol é uma estrela guia, igual a um imã que não me deixa sair de rota, mas me encoraja a seguir em movimento. O Sol não é o destino, e sim a lembrança da vida, da importância de seguir o ritmo e o compasso que o seu calor me faz sentir. 

E sigo rodando, na rota solar, às vezes me aquieto, às vezes me agito. Às vezes me distancio, às vezes me aproximo. Às vezes com a atenção na minha própria rotação, às vezes com a atenção no universo que gira ao meu redor.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É preciso ir para algum lugar? - Vera Barrozo

  É preciso ir para algum lugar? Parei. Aqui. Ao sol. Nessa cidade que não conheço... bebo uma água com limão. Pessoas caminham...  Passam. Estar...  Estar aqui.  É Paris. (Foi tanto tempo pra chegar aqui!) Agora cheguei. Nessa mesa... E já cá não estou. Porque as letras, os rumos, os objetivos de um itinerário turístico escrito por alguém – mais provavelmente dezenas – ou centenas – de pessoas me pretende dizer o que devo fazer para... (ter estado aqui) ... agora, que cheguei aqui. Não basta estar. Não basta respirar. (Se estou em Paris, há um roteiro inteiro: enorme, quilométrico, longo, antigo, moderno...) NADA de minusculinidades... Quem é você... Que vem a Paris  para sorver  o  ar da  luz  que é  re fle ti da  ao seu redor???

Hoje não é dia do índio - Karenina Bispo

                                            Créditos da foto: Folha de São Paulo O “Dia do Índio” Eu me senti instada a falar de mim. No dia 19 de abril, foi lembrado do dique costumávamos chamar de “Dia do Índio”. No Instagram eu fiz a publicação de um Reels em que alguns indígenas falam da diversidade de seus povos, populações que já estavam aqui e habitavam este país quando houve a invasão portuguesa que dizimou a maior parte dessas populações e apagou sua cultura e existência. “Hoje não é dia do índio” dizia o vídeo.  Falando de mim, eu devo admitir que já fui essa pessoa que questionou a “legitimidade desses povos” e questionei à época se ainda “existia índio” no Brasil, sendo estes civilizados. Mas que grande preconceito, não é mesmo? Admito também que já fui uma pessoa contra cotas, fossem elas quais fossem. Mas nossa! Como o tempo passou e me fez...

Colcha de Retalhos - Yvanna Vyva

Carrego vários corações em meu peito e muitos já tive nas mãos Variados tamanhos, formas e forças Bacanas, babacas, patifes Leais, fiéis, traidores Religiosos, ateus, bonitos Casados, feios, solteiros Corações bons e ruins, amores É que o amor sempre me encontra e trás boa sorte Eu tive uma infância cruel, embora não parecesse O que se via era o mito de uma família feliz Eu tive uma juventude sofredora, embora não parecesse O que se via era o mito da bela donzela feliz Mas foi ali no meu passado cruel e sofrido Que vivi momentos de verdade, de mais amores vividos do que amores sofridos Subitamente, eu tinha a sorte de ter alguém que me amasse Repentinamente, a sorte de escolher o amor se quisesse Eu geralmente queria, como alma que abraça o mundo Com certa alegria que tocava em tudo Toda vez que penso, me espanto ao ver que meu pranto logo virava riso As lágrimas quentes na pele seca, faziam-se úmido deleite e regozijo O choro convertido em sonhos O abandono virado em desejos A mentira...