Ela e eu,
eu e ela,
e a gente naquela
sem saber, onde está
aquele encontro de olhar.
Olhar para o nada
e ver sem ver,
as horas a andar,
andando sem destino,
com destino na passagem
para a Liberdade,
de enxergar aonde
quer chegar,
sem ver onde ela ...
Pra que saber dela?
Ela vai.
Se um dia precisar,
ela vai voltar.
Eu e ela,
ela e eu
fugindo sem destino,
mas para que destino?
Nós voamos no pensamento,
de pensar sobre o nadar
até morrer,
até chegar lá,
até ler Os Miseráveis sem chorar,
até parar de sofrer,
por tertúlias nunca ocorridas,
até chegar no destino.
Ela e eu,
eu e ela,
num ônibus com
uns maços de cigarro barato
fugindo da consciência.
Da consciência que está lá
e lá é onde queremos chegar;
chegar sem sofrer,
sofrer, já sofremos demais
sofrermos por tertúlias,
sofrermos pela dor,
dor de viver,
dor de apaixonar,
e pela dor.
E lá, onde se diz
querer chegar
é onde ela estará
olhando-me,
sem saber onde olhar.
Ela e eu,
eu e ela,
uma história
sem saber
o final dela.
Mandou bem , Ana Luiza. Um bálsamo ver seu escrito na Verbal. "Uma história sem saber o final dela".
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