Fina e delicada dobradura. Branca, no meio da sala, apresenta-se diminuta, mas multiplica-se em sua sombra projetada. Símbolo da beleza que se estende de mim ao outro e a mim retorna. Pequeno gesto e presente que me traz alento e me lembra porque importa o que faço. Porque depois de escrever alguém dobra um lindo e leve Tsuru e me devolve as asas que eu ajudei a soltar.
É preciso ir para algum lugar? Parei. Aqui. Ao sol. Nessa cidade que não conheço... bebo uma água com limão. Pessoas caminham... Passam. Estar... Estar aqui. É Paris. (Foi tanto tempo pra chegar aqui!) Agora cheguei. Nessa mesa... E já cá não estou. Porque as letras, os rumos, os objetivos de um itinerário turístico escrito por alguém – mais provavelmente dezenas – ou centenas – de pessoas me pretende dizer o que devo fazer para... (ter estado aqui) ... agora, que cheguei aqui. Não basta estar. Não basta respirar. (Se estou em Paris, há um roteiro inteiro: enorme, quilométrico, longo, antigo, moderno...) NADA de minusculinidades... Quem é você... Que vem a Paris para sorver o ar da luz que é re fle ti da ao seu redor???
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