Plantar gentileza em tempos de selvageria   Escolher o sim ou o não   Perceber que o verde das folhas não é um único verde   Cada uma em suas nuances, suas finas curvas e linhas   Como rugas que caminham em nossas faces   Cada tom, bandeira, água, amarelado   Como os envelopes de cartas de um primeiro amor   Eterno em devaneios   Leve em bolhas de sabão     E o não saber o que é reto, o que é correto e certo   se não o íntegro de si   que é nada além da matéria do sonho   e o concreto do desejo   e do sexo.     Essa busca pelo que é lá no fundo de si   Que salta daqui para ali   Que não sabe mais ser contido em um continente   oco que um dia coube o mundo   Hoje vazio e entupido   Como se pudesse ser tudo ao mesmo tempo que vácuo     O ontem e o amanhã   no mesmo barco   porque não se sabe o que é um ou o outro   E toda essa história de sim e de não é tão balela   quanto essa ideia de gentileza em tempo de selvageria   Suportaria talvez um dia?   Duraria quem sabe o sopro de ...
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