Artista: Fernando Botero Pureza era gorda, de peitos fartos, gargalhada alta, sorriso aberto. De todas as cafetinas que ali passaram, era a mais humana. As meninas até a chamavam carinhosamente de “mainha”. Apesar disso, Pureza não se deixava enganar. Sabia tudo o que se passava entre as quatro, oito, doze, dezesseis, sabe-se lá quantas paredes daquele bordel. Corriam boatos de que Pureza era virgem. Que apesar dos anos de profissão, nunca havia se deitado com homem algum. Os considerava torpes e traiçoeiros. Muitos tentaram lhe comprar a noite, mas Pureza não tinha preço. Disso não se tinha dúvidas.
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